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Mystic Quest, o jogo esquecido por muitos

  • guedesluis993
  • Oct 9, 2020
  • 5 min read

Hoje é dia de falar sobre um velho conhecido, um jogo que peguei para matar a saudade enquanto jogava no emulador do Retro Achievement: Final Fantasy Mystic quest.

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Este Spin-off foi lançado na América do Norte em 5 de outubro de 1992, no Japão em 10 de Setembro de 1992 e na Europa em 1993 para o Super Nintendo. O jogo teve como objetivo de ser algo mais simples e curto, apresentando não só o universo dos jogos de RPG, mas a série Final Fantasy para os novos jogadores. A SquareSoft novamente conseguiu trazer um jogo com ótimos gráficos. Todo cenário, todo personagem e até monstros eram bem feitos e você via durante a batalha o sprite do inimigo mudando a depender de quanto de vida ele ainda tinha. E não podemos esquecer também da sua bela trilha sonora composta pelos Ryuji Sasai and Yasuhiro Kawakami.


O jogo foi bastante criticado negativamente pelos fãs da franquia por diversos motivos como: história fraca, diálogos curtos, poucos personagens e sem presença e diversas outras coisas. Ainda mais se comparamos com os outros jogos da franquia que existiam no mercado como Final Fantasy IV que lançou em 1991.


De fato, Mystic Quest é extremamente diferente dos outros jogos da série Final Fantasy que existiam no mercado e que estavam prestes a sair (como o Final Fantasy V que foi lançado no ano seguinte). A Square não tinha como objetivo os fãs da franquia e sim o público que existia no Ocidente e eles não tinham costume com jogos de RPG. Tanto que além do Mystic Quest, temos outros jogos para esse público como: Final Fantasy Legends, Final Fantasy Adventures e o próprio Final Fantasy IV que foi relançado no Ocidente com uma versão mais simplificada. Bem… vamos falar um pouco sobre o jogo: No jogo você controla Benjamin que recebe a missão de recuperar os cristais elementares que são necessários para preservar o equilíbrio do mundo e ao decorrer você vai conhecendo outros personagens que vão lhe ajudando, eles entram na sua equipe, mas não ficam eternamente.

Sobre os personagens jogáveis temos:


  • Kaeli, uma jovem que consegue se comunicar com a floresta, no combate ela utiliza o seu machado e além das suas magias defensivas e uma magia ofensiva de vento;

  • Reuben, um guerreiro dedicado a proteger a sua cidade natal enquanto segue os passos do seu pai, no combate ele utiliza sua estrela do amanhã junto com sua magia de Vida e a magia White, que é uma das magias mais poderosas do game;

  • Tristam, um mercenário que sempre está atrás de um tesouro e mesmo com o mundo em perigo a sua maior preocupação é apenas com o dinheiro, no combate ele possui shurikens que possui uma limitação de uso, tendo que conseguir mais munição através de baús dentro das dungeons e a única magia que ele possui é a magia Life que para ajudar seu aliado se por acaso o HP acabar zerando.

  • Phoebe, uma aventureira habilidosa que está querendo proteger a sua cidade natal, Aquaria, ela é uma personagem “mais importante”, pois ela é a personagem que segue com o protagonista na última dungeon do jogo, no combate ela começa utilizando garras, mas no final do jogo ela aparece usando um arco de flecha, onde o jogador deverá ter cuidado com sua munição e tem uma variedade grande de magias ofensivas e defensivas.

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No game a sua equipe é composta por 2 componentes: o Protagonista e o personagem que entra na sua equipe, mas personagem secundário não fica por muito tempo. Eles ficam até enfrentar um determinado chefe ou até resolver alguma missão e depois disso vão embora.


O game apresenta o mapa-múndi, mas o jogo funciona através de sistemas de fases, o que lembra muito o jogo Super Mario World. Neste game temos as dungeons com inimigos, chefes e baús especiais (podendo ser um equipamento novo, uma magia ou um Key Item para conseguir avançar e acessar novas fases) e os vilarejos para dormir nas pousadas, procurar itens ou falar com alguém para dar continuidade no enredo. Existe também os battlefields, local onde o jogador deve derrotar 10 hordas de inimigos ganhando no final uma recompensa -- em alguns battlefields em específicos podem dar magias, uma evolução de acessório e um artefato para ajudar o jogador no enredo.

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Dentro das dungeons, em vez de acontecer os encontros aleatórios, existem pontos de batalha no mapa que são simbolizados por um inimigo. E uma vez que houver uma interação, a batalha vai se iniciar. Desse jeito o jogador poderá evitar muitos combates e deixar para lutar quando um inimigo estiver bloqueando um baú ou a passagem para dar continuidade com a missão.

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Importante! Uma vez que você saia e retorne para a dungeon todos os inimigos vão retornar e junto com eles os baús que foram abertos, criando assim uma forma de aumentar seu Level e até de criar um estoque infinito de Itens. Mas isso não se aplica aos chefes e aos itens especiais. No game temos uma evolução tradicional, onde você derrota o inimigo, recebe a experiência e o dinheiro para comprar seus itens para seguir caminho.


Nas dungeons existe uma importância para explorá-los bem, pois ao contrario dos jogos tradicionais da série, o jogador deve encontrar os upgrades das suas armas e equipamentos (algo bem parecido com Legend of Zelda). Além dos upgrades, algumas dungeons guardam baús com algumas magias e, principalmente, os artefatos que servem como chave para finalizar a dungeon ou para liberar a próxima.


As batalhas são em turnos, onde o jogador só tem opção de bater, usar item, usar magia, defender, fugir, e escolher se o personagem secundário vai ser controlado por você ou pelo jogo. Durante o confronto você poderá trocar a arma que vai utilizar, podendo abusar da fraqueza do inimigo. O jogador poderá aprender todas as magias do game, mas para isso deve encontrar primeiro nos baús nas dungeons ou vencendo alguns battlefields.


Infelizmente o jogo consegue ser extremamente fácil, não trazendo nenhum tipo de punição ao jogador, pois se você morrer em uma luta o jogo pergunta se você deseja recomeçar. Aí é só voltar e tentar novamente, o que é extremamente difícil de acontecer, pois há apenas alguns chefes que exigem um certo cuidado nas batalhas.


O jogo também não escapou de bugs. Tanto que ele se encontra na batalha final, onde um problema de programação faz com que a magia de Cura do protagonista cause mais de 10.000 de dano, mas isso só funciona com o Benjamin. Se você tentar fazer isso com a Phoebe, ela vai acabar curando o chefe.


Muitos devem se perguntar se vale a pena conhecer este jogo e a resposta é SIM, vale a pena conhecer o Final Fantasy Mystic Quest e o motivo é mais pela importância que o jogo possui, pois ele é fraco, porém jogável, mas não podemos esquecer que ele foi um dos jogos que aproximou os jogadores do Ocidente para o gênero de RPG.


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